Aspectos da Síntese Orgânica no Desenvolvimento de Métodos e de Moléculas Biologicamente Ativas

  • David Rodrigues da Rocha Departamento de Química Orgânica, Instituto de Química, Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro
  • Vitor Francisco Ferreira Departamento de Química Orgânica, Instituto de Química, Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro
  • Wilson da Costa Santos Departamento de Farmácia e Administração Farmacêutica, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro
Palavras-chave: Síntese orgânica. Métodos. Farmoquímicos.

Resumo

A síntese orgânica é um dos pilares da indústria farmoquímica. Igualmente a outras áreas da ciência, avanços ocorrem rapidamente. Os processos químicos são inovados com novas reações, condições reacionais mais simples, acoplamento de reações, processos multicomponentes, novos catalisadores mais eficientes, etc. As indústrias de insumos de química fina e farmoquímicas precisam estar alerta para esta evolução, não apenas para a procura de novos fármacos, como também para os processos implantados, visando sempre a uma melhor adequação destes às novas demandas ambientais. Este trabalho procura enfatizar as questões relacionadas com as políticas industriais e como estas estão relacionadas às estratégias utilizadas no planejamento de uma síntese.

Referências

1. a) Lindberg, T.; Strategies and Tatics in organicsynthesis; Editor. Academic Press, Orlando, 1975; b) Binddraanel, J. S.; Bindra, R.; Criativity in organic synthesis; Academic Press; NY, 1975; c) Carruthers, W.; S. Hirzel; Some modern methods of organic synthesis; 3rd Ed.; Stuttgart, 1984; d) Fuhrhop, J.; Penzlin, G.; Organic synthesis; Verlag Chimie; Werinhein, 1983; e) Smith, M.B.; Organic synthesis; McGraw-Hill; NY, 1994; f) Fleming, I.; Selected Organic Synthesis; Jonh Willey & Sons, London, 1973.

2. Markó, I.E.; Science 2001, 294, 1842-1843.

3. Perkin, W. H.; J. Chem. Soc. 1862, 230.

4. Esta descoberta foi ao acaso, pois na realidade Perkin queria sintetizar a quinina, alcalóide natural e com atividade antimalárica, da qual ele só conhecia a fórmula molecular C20H24N2O2.

5. Correia, C.R D.; Costa, P.R.R.; Ferreira, V. F.; Quím. Nova 2002 25 ( sup.) 74-81.

6. Willstätter, R.; Waser, Ernst; Ber. Deutschen Chem. Gesellschaft 1911, 44, 3423–3445.

7. Robinson, R.; J. Chem. Soc., Transaction 1917, 111, 762-768.

8. Woodward, R.B.; Cava, M.P.; Ollis, W.D.; Hunger, A.; Däniker, H.U.; Schenker, K.; J. Am. Chem. Soc. 1954, 76, 4749-4751.

9. a) Armstrong, R. W.; Beau, J.-M.; Cheon, S. H.; Christ, W. J.; Fujioka, H.; Ham, W.-H.; Hawkins, L. D.; Jin, H.; Kang, S. H.; Kishi, Y.; Martinelli, M. J.; McWhorter Jr., W. W.; Mizuno, M.; Nakata, M.; Stutz, A. E.; Talamas F. X.; Taniguchi, M.; Tino, J. A.; Ueda, K.; Uenishi, J.; White, J. B.; Yonaga, M.; J. Am. Chem. Soc. 1989, 111, 7530; Suh, E. M.; Kishi, Y.; J. Am. Chem. Soc. 1994, 116, 11205; b) Berlink, R. G. S.; http://www.sbq.org.br/PN-NET/causo2.htm

10. A síntese do taxol teve uma disputa extremamente controversa quanto ao detentor do mérito de “primeira síntese total” e envolveu os grupos dos profs. Holton e Nicolaou.

11. Holton, R. A.; Somoza, C.; Kim, H.-B.; Liang, F.; Biediger, R. J.; Boatman, P. D.; Shindo, M.; Smith, C. C.; Kim, S.; Nadizadeh, H.; Suzuki, Y. ; Tao, C.; Vu, P.; Tang, S.; Zhang, P.; Murthi, K.; Gentile, L. N.; Liu, J. H.; J. Am. Chem. Soc. 1994, 116, 1597; ibid 1994, 116, 1599; Nicolaou, K. C.; Yang, Z.; Liu, J. J.; Ueno, H.; Nantermet, P. G.; Guy, R. K.; Claiborne, C. F.; Renaud, J.; Couladouros, E. A.; Paulvannan, K.; Sorensen, E. J.; Nature 1994, 367, 630.

12. Dias, L.C.; Meira, P.R.R.; J. Org. Chem., 2005, 70, 4762-4773.

13. Sanseverino, A.M.; Quím. Nova 2000, 23, 102-107.

14. Lenardão, E.J.; Freitag, R.A.; Dabdoub, M.J.; Batista, A.C.F.; Silveira, C.C.; Quím. Nova 2003, 26, 123-129.

15. Ferreira, V. F.; Quim. Nova 2007, 30, 255.

16. Ribeiro, S. K.; EF.: Scientific American Brasil, edição 53, outubro/2006.

17. Estratégia Global da Biodiversidade – diretrizes de ação para estudar, salvar e usar de maneira sustentável e justa a riqueza biótica da Terra. Programa das
Nações Unidas para o meio Ambiente, 1992.

18. Dupont, J.; Quim. Nova 2000, 23, 825-831.

19. Sheldon, R.A.; J. Mol. Catal. 1996, 107, 75-83.

20. Merat, L.M.O.C.; San Gil, R.A.S.; Quim. Nova 2003, 26, 779-781.

21. Trost, B. M.; Angew. Chem., Int. Ed. Engl. 1995, 34, 259-281; C. R. D. correia, P.R.R. Costa, V. F. Ferreira, Quim. Nova 25 (supl. 1) 82 (2002).

22. Paddon, C.A.; Atobe, M.; Fuchigami, T.; He, P.;atts, P.; Haswell, S.J.; Pritchard, G.J.; Bull, S.D.; Marken, F.; J. Appl. Electrochem. 2006, 61, 617-634.

23. Dlaigh, C.; Corr, S.A.; Gunko, Y.; Connon, S.J.; Angew. Chem. Int. Ed. 2007, 46, 4329 –4332.

24. Pinheiro, S.; Ferreira, V. F.; Quim. Nova 1998, 21, 312-318.

25. a) Trost, B.M.; Stereocontrolled Organic Synthesis: A Chemistry for the 21st Century; Blacwell, Oxford, 1994; b) Davies, S. G.; Brown, J. M.; Pratt, A. J.; Fleet, G.; Chemistry in Britain 1989, 259.

26. Aitken, R.A.; Gopal, J.; Asymmetric Synthesis; Aitken, R.A.; Kilényi, S. N.; Editors, Blackie Academic & Professional, London 1994, cap. 4.

27. Seoane, C.; Teaching organic synthesis: Why, how, what?; Aldrichimica Acta 1989, 22, 41-46.

28. As sínteses ditas assimétricas, pelo conceito apresentado por Eliel, são sínteses de substâncias quirais feitas de novo a partir de uma substância aquiral. Quanto às sínteses ditas estereosseletivas são aquelas onde o pesquisador parte de um substrato quiral e realiza a síntese do produto desejado.

29. Colvin, E.; Silicon in organic synthesis; Buttersworths, London, 1981.

30. Larock, R. C.; Organomercury compounds in organic synthesis; Springer Verlag; NY, 1985.

31. Brown, H. C.; Organic synthesis via borane; Wiley; NY, 1985.

32. Ferraz, H. M. C.; Quim. Nova 1989, 12, 155-165; Ferraz, H. M. C.; Ribeiro, C. M. R.; Quim. Nova 1990, 13, 88-95.

33. Comasseto, J. V.; Quim. Nova 1993, 16, 138-148.

34. Ferraz, H. M. C.; Comasseto, J. V.; de Borba, E. B.; Quim Nova 1992, 15, 298-301.

35. Comasseto, J. V.; Ferreira, J. T. B.; do Canto, M. M.; Quim. Nova 1979, 2, 58-79.

36. Liotta, D.; Organoselenium Chemistry; Wiley, NY, 1981.

37. a) Negishi, E.; Organometallic in organic synthesis; Wiley, NY, 1980; b) Pearson, J.; Metallo-organic chemistry; Wiley, NY, 1985; c) Davies, S. G.; Organotransition metal Chemistry: application to organic synthesis; Pergamon Press, Oxford, 1982.

38. Catellani, M.; Motti, E.; Della Ca, N.; Ferraccioli, R.; Eur. J. Org. Chem. 2007, 4153-4165.

39. Ferreira, V. F.; da Silva, F. C.; Quim. Nova na escola 2005, 22, 3-9.

40. Clavier, H.; Grela, K.; Kirschning, A.; Mauduit, M.; Nolan, S.P.; Angew. Chem. Int. Ed. 2007, 46, 6786-6801.

41. Davies, H. M. L.; Beckwith, R. E. J.; Chem. Rev. 2003, 103, 2861-2903.

42. Kizirian, J.-C.; Chem. Rev. 2008, 108, 140-205.

43. Gawley, R. E.; Synthesis, 1976, 777-794.

44. Guillena, G.; Najera, C.; Ramon, D.J.; Tetrahedron: Asymmetry 2007, 18, 2249-2293.

45. Preparative chemistry using supported reagents; P. Laszlo Ed.; Academic Press, NY, 1987.

46. Kyriacon, D. K.; Electrocatalysis for organic synthesis; Wiley, NY, 1986.

47. Watanabe, M.; Sato, T.; Inomata, H.; Smith Jr., R. L.; Arai, K.; Kruse, A.; Dinjus, E.; Chem. Rev. 2004, 104, 5803-5821.

48. Li, J. T.; Wang, S. X.; Chen, G. F.; Li, T. S.; Curr. Org. Synth. 2005, 2, 415-436.

49. Dallinger, D.; Kappe, C. O.; Chem. Rev. 2007, 107, 2563-2591.

50. Svoboda, J.; König, B.; Chem Rev. 2006, 106, 5419-5430.

51. Pârvulescu, V. I.; Hardacre, C.; Chem Rev. 2007, 107, 2615-2665.

52. Greaves, T. L.; Drummond, C. J.; Chem. Rev. 2008, 108, 206-37.

53. Brown, R. F. C.; Eur. J. Org. Chem. 1999, 61, 1156-1165.

54. Corey, E. J.; Cheng, X.-M.; The logic of Chemical Synthesis; Wiley, NY, 1989.

55. Corey, E. J.; Pure & Appl. Chem. 1967, 14, 19.

56. E. J. Corey e colaboradores desenvolveram também o primeiro programa de análise retrossintética mediado por computador que foi chamado de OCSS (Organic Chemical Simulation for Synthesis).

57. Hanessian, S.; Franco, J.; Larouche, B.; Pure & Appl. Chem. 1990, 62, 1887-1910.

58. Hanessian S. The Total Synthesis of Natural Products: The Chiron Approach; Pergamon Press: New York, 1983.

59. Carlone, A.; Cabrera, S.; Marigo, M.; Jørgensen, K.A.; Angew. Chem. Int. Ed. 2007, 46, 1101 –1104.

60. a) A. Dömling; Curr. Opinion Chem. Biol. 2002, 6, 306-313. b) Ulaczyk-Lesanko, A.; Hall, D.G.; Curr. Opinion Chem. Biol.2005, 9, 266-276.

61. Furlán, R. L. E.; Labadie, G. R.; Pellegrinet, S. C.; Ponzo, V. L.; Quim. Nova 1996, 19, 411-422.

62. Ferreira, V.F.; Quim. Nova 2001, 24, 165.
Publicado
2008-01-02
Como Citar
Rocha, D. R. da, Ferreira, V. F., & Santos, W. da C. (2008). Aspectos da Síntese Orgânica no Desenvolvimento de Métodos e de Moléculas Biologicamente Ativas. Revista Processos Químicos, 2(3), 9-22. https://doi.org/10.19142/rpq.v02i03.p09-22.2008