Degradação de Fármacos e Impacto Ambiental
Resumo
O consumo de medicamentos tem aumentado nos últimos tempos e, com isso, as indústrias têm investido cada vez mais em tecnologias, resultando no acréscimo da geração de resíduos farmacológicos, devido à sua degradação, ocasionando várias consequências ao meio ambiente, devido ao descarte incorreto pela população e pelas indústrias. Uma das preocupações das indústrias é com a questão da estabilidade farmacológica, mas os resíduos produzidos por eles são pouco estudados e estes quando lançados no ambiente contaminam os corpos hídricos, o solo e causam alterações aos seres vivos. Este trabalho busca abordar os aspectos socioeconômicos e ambientais relacionados ao descarte de medicamentos, estabelecendo quais os principais problemas ocasionados pelo descarte incorreto, bem como a legislação acerca da destinação dos resíduos farmacêuticos, para isso serão realizados uma revisão bibliográfica no Science American. Muitos medicamentos são descartados de maneira errônea pela população e indústrias, causando, por exemplo, uma disfunção hormonal em peixes, uma resistência em bactérias. A legislação a respeito do tema é extensa, mas há falhas na sua execução e fiscalização, bem como na criação de uma legislação para a coleta de fármacos vencidos ou inutilizados pela população.
Referências
2. Resolução n.º 358, de 29 de abril de 2005. Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências.
Ministério do Meio Ambiente. 2015.
3. Lei n.º 12.305, de 2 de Agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Brasília: DOU, 3 ago. 2010 .2015.
4. Américo, J. H. P.; Isique, W. D.; Minillo. A.; Carvalho, S. L.: TORRES, N. H. Fármacos em uma estação de tratamento de esgoto na região Centrooeste do Brasil e os riscos aos recursos hídricos. Revista Brasileira de RecursosHídricos, Porto Alegre, v.17, n.3, p.61-67, 2012.
5. Andreozzi, R.; Rafaelle M. Pharmaceuticals in STP effluents and their solar photodegradation in aquatic environment. Chemosphere. v.50, n.10,p.1319-1330,2003.
6. ANVISA. Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 306, de 07 de dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. DOU, 10 dez. 2004.
7. ANVISA. Medicamentos: Conceitos Técnicos. 2015
8. Baibino, Michele Lucas Cardoso; Balbino Estefane Cardoso. O descarte de medicamentos no Brasil: Um olhar socioeconômico e ambiental do lixo farmacêutico, SP,2010.
9. Balbino, Estefane Cardoso; Balbino, Michele Lucas Cardoso. O descarte de medicamentos no Brasil: Um olhar socioeconômico e ambiental do lixo farmacêutico. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XIV, n. 86, mar 2011.
10. Buser H.r., Poiger T., Müller M.d. Occurrence and fate of the pharmaceutical drug diclofenac in surface waters: rapid photodegradation in a lake. Environ.
Sci. Technol., v.32, p.3449-3456, 1998.
11. Boletim Informativo Do Cim-Rs. Prática profissional: Descarte de medicamentos Maio 2011. Disponívelem: www.ufrgs.br/boletimcimrs
12. Bound J.p.; Voulvoulis N. Pharmaceuticals in the aquatic environment-a comparison of risk assessment strategies. Chemosphere, v.56,p.1143-1155,2004.
13. Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. In: Vade Mecum: Profissional e Acadêmico. Organização dos textos Antonio Luiz Toledo Pinto, Márcia Cristina Vaz dos Santos Windt e Lívia Céspedes. 4. ed. São Paulo: Saraiva. 2007.
14. Conama. Resolução nº 316, de 29 de outubro de 2002. Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de sistemas de tratamento térmico de resíduos. DOU 20 nov. 2002.
15. Doughton, C.g.; Ternes,T.a. pharmaceutical and Personal Care Products in the Environment: Agents of Subtle Change? Environmental Health Perspectives 107. 1999.
16. Ferreira, J.a. Resíduos Sólidos e Lixo Hospitalar: uma discussão ética. Caderno de Saúde Pública, v.11, n.2, 1995.
17. Gil, E. De S.; Mathias, R.o. Classificação e riscos associados aos resíduos químicos Farmacêuticos. Revista Eletrônica de Farmácia, v.02, 2005.
18. Glassmmeyer St, Hinchey Ek, Boehme Se, et al. Disposal practices for unwanted residential medications in the United States. Environ Internat. 566-72. 2009.
19. Hoppe Taise Raquel Grings, Araujo Luiz Ernani Bonesso. Contaminação do Meio Ambiente pelo Descarte Inadequado de Medicamentos Vencidos ou não Utilizados. v 6, P.1248-1262. 2012.
20. Ikehata K., Naghashkar N.j., El-Din M.g. Degradation of aqueous pharmaceuticals by ozonation and advanced oxidation processes: a review. Ozone: Sci. Technol., v.28, p.353-414, 2006.
21. Jorgensen, S. E.; Halling-Sorenses, B. Drugs in the environment, Chemosphere, 40 (7) p. 691-699. 2000.
22. Lages, Andreína da Silva. Presença ambiental de resíduos fármacos: fontes, concentrações, efeitos potenciais e formas de tratamento. Faculdade
Fernando Pessoa Porto, 2011.
23. Melo, Silene Alessandra Santos; Trovó, Alam Gustavo; Bautitz, Ivonete Rossi; Fernandes, Raquel. Degradação de fármacos residuais por processos oxidativos
avançados. Departamento de Química Analítica, Instituto de Química de Araraquara, SP. 2008.
24. Merck, Cloridrato de fluoxetina. 2015
25. Miranda, Amanda Carvalho. Desenvolvimento de um método para monitoramento da contaminação do solo pelo fármaco azitromicina uma abordagem sustentável. Dissertação mestrado–UNINOVE, São Paulo, 2013.
26. Mestre A.s., Pires J., Nogueira J.m.f., Carvalho A.p. Activated carbons for the adsorption of ibuprofen. Carbon, v.45, p.1979-1988, 2007.
27. Napoleao, D. C; Silva, R.f.; Silva, P.t.s.; Benachour, M; SILVA, V.L.: Degradação de contaminante emergente (ácidoacetilsalicílico) utilizando processo foto-fenton. ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. Pe.
28. Reis Fliho, R.w; Barreiro J.C. Fármacos ETEs e Corpos Hídricos. RevistaAmbi-Água, Taubaté, v.2, p.54-61,2007.
29. Silva, Pedro Filipe Ramos. Resíduos de medicamento nos RSU: Riscos e consequências. Universidade Fernando Pessoa. Porto 2012.
30. Silva, Vanessa Honda Ogihara. Avaliação da toxicidade e da degradação do fármaco cloridrato de fluoxetina, em solução aquosa e em mistura com esgoto doméstico, empregando irradiação com feixe de elétrons. Instituto de pesquisas energéticas e nucleáres, SP. 2014.
31. Sodré, F. F.; Pescara, I. C.; Montagner, C. C.; Jardim, W. F. Assessing selected estrogens and xenoestrogens in Brazilian surface waters by liquid chromatography-tandem mass spectrometry. MicrochemicalJournal, New York,v. 96, p. 92-98, 2010.
32. Suchara, E.A. Desenvolvimento de Metodologias Analíticas para determinação de fármacos em fluídos biológicos e amostras ambientais por cromatografia líquida e gasosa. Florianópolis, 2007.
33. Tambosi, José Luiz. Remoção de fármacos e avaliação de seus produtos de degradação através de tecnologias avançadas de tratamento. Universidade
Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2008.
34. Torres, N.h.; Romanholo Ferreira, L.f.; Americo, J. H. P.; Freguglia, R. M. O.; Moura-Andrade, G. C. R.; Tornisielo, V. L. Analysis and occurrence of residues of the hormones estriol, 17alpha-ethinylestradiol and 17beta-estradiol in urban water supply by HPLCDAD. IOSRJEN JournalofEngineering, v. 2, p. 984-989, 2012.
35. Vieira, Karla Moreira, Aplicação dos processos oxidativos, redutivos e (foto) eletroquímicos na degradação de fármacos em meio aquoso. MG, 2011.
Copyright (c) 2005 Revista Processos Químicos
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.