Presença de aditivos em alimentos voltados para o público infantil

  • Mayara Oliveira Santos Mayara Pontificia Universidade Católica de Goiás
  • Nástia R. A. Coelho
Palavras-chave: Aditivos alimentares, crianças, alimentos industrializados

Resumo

O objetivo deste trabalho foi estudar qualitativamente os aditivos contidos nos rótulos dos alimentos industrializados, além de relacionar os efeitos que os aditivos podem provocar na saúde do público infantil. Os resultados indicaram presença de nove categorias de aditivos em bebidas industrializadas, cereais matinais e doces, comumente ingeridos por crianças e adolescentes. Conclui-se que a presença maciça de aditivos alimentares em diversas categorias de produtos voltados para o público infantil inspira a promoção de campanhas educativas voltadas, principalmente, para pais e/ou responsáveis. Esta constatação reforça o papel relevante que o nutricionista ocupa na promoção da saúde.

Referências

1. Conte, F. A. Efeitos do consumo de aditivos químicos alimentares na saúde humana. Revista Espaço Acadêmico. Rio Grande do Sul, n.181, 2016.

2. Polônio, M.LT.; Peres,F. Consumo de aditivos alimentares e efeitos à saúde: desafios para a saúde pública brasileira. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.25, n. 8, p.1653 – 1666, ago,2009.

3. Honorato, T. C.; Batista, E.; Nascimento, K. O.; Pires, T. Aditivos alimentares: aplicações e toxicologia. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável. Rio Grande do Norte, v.18, n.5, p. 01-11, 2013.

4. Brasil. Ministerio da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria nº 540, de 27 de outubro de 1997. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Poder Executivo, Brasília, DF, 28 out. 2009. Aprova o regulamento técnico aditivos alimentares – definições classificações e emprego (ementa elaborada pela cdi/ms).

5. Polônio, M. L. T. Percepção de mães quanto aos riscos à saúde de seus filhos em relação ao consumo de aditivos alimentares: o caso dos pré-escolares do Município de Mesquita. 2010. 129f. Rio de Janeiro.

6. Silva, J. D. A. Análise de produtos alimentícios ofertados à população infantil: tipo de processamento e presença de aditivos químicos. Rio Grande do Norte, 2016.

7. Brasil. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a População Brasileira. Secretaria de atenção à saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

8. Marmitt, S.; Pirotta, L.V.; Stülp, S. Aplicação de fotólise direta e UV/H2O2 a efluente sintético contendo diferentes corantes alimentícios. Revista Química, v.33, n.2, p.384-8, 2010.

9. Piasini, A. et al. Análise da concentração de tartrazina em alimentos consumidos por crianças e adolescentes. Revista uningá, 2014. v. 19, n. 1, p. 14–18.

10. Lage, F. F. Casca da jabuticaba: inibição de enzimas digestivas, atioxidante, efeitos biológicos sobre o fígado e perfil lipídico. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Lavras, 2014.

11. König, J. Food colour additives of synthetic origin. In: SCOTTER, Michael J. (Ed.). Colour Additives for Foods and Beverages. Cambridge: Woodhead Publishing, 2015. Cap. 2. p. 35- 60

12. Barros AA, Barros EBP. A química dos alimentos: produtos fermentados e corantes. Sociedade Brasileira de Química. São Paulo: Edit SBQ,2010; 88P.

13. Efsa. European Food Safety Authority .Scientific Opinion on the re-evaluation of caramel colours (E150 a,b,c,d) as food additives. EFSA Panel on Food Additives and Nutrient Sources added to Food (ANS). Parma, Italy. EFSA Journal 2011;9(3). 103 p.

14. Cruz N. S.; Pereira M. S. R.;,Scmiele M.; Telles M.S.; Zanin C. I. C. B.. O efeito do corante caramelo IV em bebidas industrializadas. Gestão em Foco, 2015 .

15. O'mullane, M.; Fields, B.; Stanley, G. Food Additives: Sweeteners. Encyclopedia of Food Safety, v.2, p.477-484, 2014.

16. Whitehouse, C. R.; Boullata, J.; Mccauley, L. A. 2008. The Potential Toxicity of Artificial Sweeteners. Official Journal of the American Association of Ocupational Health Nurses. 56 (6), 251-259.

17. Kuk, J. L.; Brown, R. E.. 2016 – Aspartame intake is associated with greater glucose intolerance in individuals with obesity. Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism. 41, 795-798.

18. Saunders, C. et al. Revisão da literatura sobre recomendações de utilização de edulcorantes em gestantes portadoras de diabetes mellitus. Rev. Femina.,v.38, n.4, p.179-185, 2010.

19. Chattopadhyay S., Raychaudhuri U., Chakraborty R. Artificial sweeteners – a review. Journal of Food Science and Technology, 2014 Apr;51(4):611-21

20. Freitas, A.C.; Araújo, A.B. Edulcorante artificial: Aspartame - uma revisão de literatura. Rev. Multidisc. Pindorama. n.1, p.1-11, 2010.

21. Shibao, J. et. al. Edulcorantes em alimentos: aspectos químicos, tecnológicos e toxicológicos. São Paulo: Phorte, 2009.

22. Garcia – Almeida J.M.; Casado F. G. M.; García – A. J.. Una vision global y actual de los edulcorantes. Aspectos de regulación. Nutr Hosp 2013;28 (Supl. 4): 17-31.

23. Brugnera, V. F. et al. Utilização dos adoçantes durante a gestão e lactação. Revista Eletrônica Multidisciplinar Pindorama do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA Nº 02. Ano 3. junho/2012.

24. Shankar P, et al. Non-nutritive sweeteners:Review and update. Nutrition, 2013; 29(7):1-7

25. Chattonpadhyay S.; Raychaudhuri U.; Chakraborty R.. Artificial sweeteners – a review. Journal of Food Science and Technology, 2011.

26. Gonçalves J.A.; Zucchi N.D.; Abreu T.C.; Caldart S.; Batista S. M. M.; Fiates G. M. R. Alimentos diet e light: consumo e conhecimento por frequentadores de supermercados de Florianópolis/SC. Hig. Aliment. 2013;27(216):124-128.

27. Santos V.S.; Miquelanti V.P. Estado nutricional e consumo de alimentos diet e light em adolescentes de escolas públicas e privadas de Patos de Minas/MG. Rev. Min. Ciênc. Saúde 2009; 1(1):101-120.

28. Almeida C.F.; Pereira R. B. C.; Bittencout A.; Ribeiro R. L.; Coelho S.C. Frequência de consumo alimentar versus saúde de adolescentes. Rede Cuid. Saúde 2009; 3(3):1-12. 9.

29. Konishi, Y., Hayashi, S.M. & Fukushima, S. 2011. Regulatory forum opinion piece*: supporting the need for international harmonization of safety assessments for food flavoring substance. Toxicologic Pathology,42: 949-953.

30. Bezerra, M. D. S., Malaquias, G. D. S., Castro e Sousa, J. M. D., & Peron, A. P. 2016. Cytotoxic and genotoxic potential of powdered juices. Food Science and Technology (Campinas), (AHEAD), 0-0.

31. Marques, G.S., Silva, S.I.O., Sousa, J.M.C., Ferreira, P.M.P. & Peron AP. 2015. Cytotoxicity and mutagenic potential of liquid synthetic food flavoring evaluated individually and in association. Food Science and Technology, 35: 183-188.

32. Xu, Z.; Gu, C.; Wang, K.; Ju, J.; Wang, H.; Ruan, K. & Feng, Y. 2015. Arctigenic acid, the key substance responsible for the hypoglycemic activity of Fructus Arctii. Phytomedicine, 22: 128-137.

33. Moura, A.G., Santana, G.M., Ferreira, P.M.P., Sousa, J.M.C. & Peron, A.P., 2016. Cytotoxicity of Cheese and Cheddar Cheese food flavorings on Allim cepa L root meristems. Brazilian Journal of Biology, 76: 439-443.

34. Koca, N.; Erbay, Z. & Kaymark-Ertekin, F. 2015. Effects of spray-driping conditions on the chemical, physical and sensory properties of cheese powder. Journal of Dairy Science, 98: 2934-2943.

35. Radujko, I. et al. The infl uence of combined emulsifi er 2 in 1 on physical and crystallization characteristics of edible fats. European Food Research and Technology, v.232, n.5, p.899- 904, 2011.

36. O’brien, R.D. Fats and oils formulation. In: O’BRIEN, R.D. Fats and oils – formulating and processing for applications.3.ed. Boca Raton: CRC, 2009. Cap.4, p.263-345.

37. Bastida-Rodríguez, J. The food additive polyglycerol polyricinoleate(E-476): structure, applications, andproductionmethods. ISRN Chemical Engineering, v.2013, p.1-21, 2013.

38. Lonchampt, P.; Hartel, R.W. Fat bloom in chocolate and compound coatings. European Journal of Lipid Science and Technology, v.106, p.241-274, 2004.

39. Melo, A. A. M.; Boas, E. V. de B. Inibição do escurecimento enzimático de banana maçã minimamente processada. Ciên Tec Alim, v. 23, n. 01, p. 28-32, 2010.

40. Santos, H. S. et al. A terapia nutricional com vitaminas antioxidantes e o tratamento quimioterápico oncológico. Rev Bras de Canc, v. 19, n.01, p.23-28, 2010.

41. Rosa, J. S. et al. Desenvolvimento de um método de análise de vitamina C em alimentos por cromatografa líquida de alta eficiência e exclusão iônica. Ciên. Tec. Alim, v. 24, n.01, p.87-93, 2012.

42. Bianchi; M. de L. P.; Antunes, L. M. G. Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Rev. Nutr, v. 10, n.02, p. 99-105, 2011.

43. Nunes, L. I.; Mercadante, A. Z.; Antioxidantes alimentares importância química e biológica. Ver Soc Bras Alim nutri,v. 34, n. 03, P.231-247, 2011.

44. Ju, J.; Picinich S.C.; Yang Z.; Zhao Y.; Suh N.; Kong A-N.; Yang C. Cancer preventive activities of tocopherols and tocotrienols. Cacinogenesis. Vol. 31. Núm. 4. p.533-542. 2010.

45. Caraschi, J. C.; Campana Filho, S. P. Influência do grau de substituição e da distribuição de substituintes sobre as propriedades de equilíbrio de carboximetilcelulose em solução aquosa. Polímeros: Ciência e Tecnologia, [S. l.], 9.2: 70-77, 1999.

46. Bayarri, S.; Chuliá, I.; Costell, E. Comparing λ-carrageenan and an inulin blend as fat replacers in carboxymethyl cellulose dairy desserts. Rheological and sensory aspects. Food Hydrocolloids, Oxford, v. 24, n. 6-7, p. 578-587, 2010.

47. Fonseca, V. C.; Haminiuk, C. W. I.; Izydoro, D. R.; Waszczynskyj, N.; De Paula Scheer, A., Sierakowski, M. R. Stability and rheological behaviour of salad dressing obtained with whey and different combinations of stabilizers. International Journal of Food Science & Technology, 44(4), 777-783, 2009.

Publicado
2021-10-28
Como Citar
Mayara, M. O. S., & R. A. Coelho, N. (2021). Presença de aditivos em alimentos voltados para o público infantil. Revista Processos Químicos, 15(29). https://doi.org/10.19142/rpq.v0i0.470