Avaliação Microbiológica dos Produtos de Higiene Pessoal das Indústrias de Cosméticos de Goiânia e Região Metropolitana

  • Lorena L. I. Teodoro Faculdade Metropolitana de Anápolis.
  • Ieda M. S. Torres Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Farmácia
  • Nathalia P. Barbosa Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Farmácia

Resumo

A avaliação microbiológica em produtos de higiene pessoal constitui uma etapa importante no que se refere à segurança do usuário e à qualidade do produto, visto que a carga microbiana elevada pode acarretar problemas de saúde. O objetivo do trabalho foi verificar o cumprimento das exigências acerca da qualidade microbiológica de produtos de higiene pessoal (shampoos e condicionadores) de nove indústrias de cosméticos de Goiânia e região. As amostras foram analisadas de acordo com os parâmetros nacionais e internacionais de qualidade, verificando e quantificando a presença de microrganismos. Realizou-se a contagem de bactérias e fungos viáveis totais e pesquisa do patógenos P. aeruginosa em 18 amostras. Os resultados das amostras avaliadas, 11.11% de shampoos e condicionadores analisadas, não estão dentro dos limites permitidos. Ambas apresentaram contaminação fúngica e bacteriana, acima dos limites descritos na legislação vigente. Ambas as amostras apresentaram o patógeno pesquisado P. aeruginosa. Estes resultados indicam que muitos produtos disponíveis no mercado apresentam qualidade inadequada, demonstrando falhas no controle de qualidade. Conclui-se que as indústrias brasileiras ainda necessitam de padrões de controle de qualidade e boas práticas de fabricação que garantam um produto final com qualidade para a saúde e beleza do consumidor.

Referências

1. Brasil, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Diário Oficial da União. Resolução RDC no 306, de 07 de dezembro de 2004.

2. Abihpec, Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. III Caderno de Tendências, 2014-2015.

3. Nohynek, G.J.; Antignac, E.; RE, T.; Toutain, H. Safety assessment of personal care products/cosmetics and their ingredientes. Toxicology and Applied Pharmacology. 2010, 243, 239–259.

4. Pareek, A.; Jain, V.; Ratan, Y.; Sharma, S.; Jain, P.K.; Dave, V. Mushrooming of Herbal’s in New Emerging Market of Cosmaceuticals, International Journal of Advanced in Pharmaceutical & Bio Science. 2012, 2 (4), 473-480.

5. Antignac, E.; Nohynek, G.J.; Re, T.; Clouzeau, J.; Toutain, H. Safety of botanical ingredients in personal care products/ cosmetics. Food and Chemical Toxicology. 2011, 49, 324–341.

6. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC Nº 162, de 11 de setembro de 2001. Estabelece a lista de substâncias de ação conservante para produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Diário Oficial da União, 12 de setembro de 2001.

7. Corrêa M.A. Cosmetologia: ciência e técnica. São Paulo: Medfarma; 2012.

8. Ferreira A.O. Guia Prático da Farmácia Magistral. 2ª ed. Juiz de Fora: Pharmabooks; 2002.

9. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº481, de 23 de setembro de 1999. Estabelece os parâmetros de controle microbiológico para os produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes. Diário Oficial da União, 27 de setembro de 1999.

10. Medeiros, ACD, Porto KL, Paiva AVR, Procópio JVV. Análise de contaminantes microbiológicos em produtos comercializados em farmácia de manipulação. BioFar. 2007;1(1):1-12

11. Pinto TJA, Kaneko TM, Ohara MT. Controle biológico de qualidade de produtos Farmacêuticos, correlatos e cosméticos. 2ª ed. São Paulo: Atheneu; 2003.

12. Kabara JJ.. Cosmetic and drug preservation: principles and practice. New York: Marcel Dekker; 1984.

13. Blume SI, Castelli RM, Ribeiro GA. Qualidade Microbiológica de cosméticos comercializados em lojaspo pulares da cidade de Pelotas/RS. In: XVI Congresso de Iniciação Científica, Pelotas-RS; 2007;

14. Pinto T.J.A., Kaneko T.M., Ohara M.T. Controle biológico de qualidade de produtos farmacêuticos, correlatos e cosméticos. São Paulo: Atheneu; 2000.

15. De Lorenzo J.L. Microbiologia para o estudante de odontologia. São Paulo: Atheneu; 2004.

16. Albert, L.M. Manual de análises microbiológicas de cosméticos do INCQS/Fiocruz, Revista Aerosol & Cosméticos. 1 ed. São Paulo, 1989 (Encarte Técnico), p. 10-18.

17. EUROPEAN PHARMACOPEIA. Supplement, 3 ed., Coincil of Europe, Strasbourg, 2001, 1704 p.

18. UNITED STATES PHARMACOPEIA – THE NATIONAL FORMULARY, 24 ed., Rockville, p. 2569, 2000.

19. Kollings, L.O. Controle de Qualidade Microbiológico Cosméticos. Revista Aerosol & Cosméticos, São Paulo, V. 6, N. 34, p. 4 10, 1984.

20. Orth, Donald S. Organismos Domésticos. Revista Cosmetics & Toiletries (Edição em Português), Los Angeles, V. 9, N. 3, p. 43-49, mai., /jun. 1997.

21. Nicoletti, Maria A. et al. Sistemas conservantes em formulações cosméticas. Revista Cosmetics & Toiletries (Edição em Português), São Paulo, V. 9, N. 3, p. 28-33, mai.,/jun. 1997.

Publicado
2019-08-27
Como Citar
Teodoro, L. L. I., Torres, I. M. S., & Barbosa, N. P. (2019). Avaliação Microbiológica dos Produtos de Higiene Pessoal das Indústrias de Cosméticos de Goiânia e Região Metropolitana. Revista Processos Químicos, 13(25), 63-70. https://doi.org/10.19142/rpq.v13i25.481