Avaliação da Capacidade de Adsorção de BTEX por Nanoestrutura Adsorvente Confeccionada com Argila Esmectita de Origem Brasileira

  • Jonei M. Costa Central de Tratamento de Efluentes e Líquidos (CETREL S/A)
  • Giseli G. Farias Central de Tratamento de Efluentes e Líquidos (CETREL S/A)
  • Esmeraldo F. A. Rebouças Instituto de Química, Universidade Federal da Bahia (UFBA)
  • Carla Dalmolin Área de Materiais, SENAI Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec)
  • Wagner M. Pachekoski Área de Materiais, SENAI Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec)
Palavras-chave: BTEX. Argilas especiais. Adsorção.

Resumo

Visando oferecer uma alternativa ao tratamento de efl uentes com complexos orgânicos solúveis, conhecidos como BTEX, foi desenvolvida uma nanoestrutura adsorvente seletiva de complexos orgânicos com argila de capacidade de troca catiônica de origem brasileira a partir de técnicas de processamento de substâncias minerais. As nanoestruturas foram preparadas com a argila esmectitas vermelha (ArVe) ativada com carbonato de sódio e cloreto de hexadecil trimetilamônia. Foi observado que a variação na concentração de BETX em solução é proporcional à concentração da ArVe organofílica e que as isotemas de adsorção são aderentes aos modelos de Langmuir e Freundlich, com exceção do benzeno, que apresentou dispersão entre o modelo e os dados experimentais. Os tempos de residência para a saturação da ArVe organofílica e a velocidade inicial de adsorção para cada solvente foram obtidos através dos dados calculados para a cinética de pseudo 2ª ordem e pelas isotermas de adsorção. Os resultados indicaram uma capacidade de adsorção semelhante e até melhor que argilas semelhantes obtidas em diferentes jazidas e que ou outros materiais tradicionalmente aplicados como adsorventes.

Referências

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Publicado
2012-07-02
Como Citar
Costa, J. M., Farias, G. G., Rebouças, E. F. A., Dalmolin, C., & Pachekoski, W. M. (2012). Avaliação da Capacidade de Adsorção de BTEX por Nanoestrutura Adsorvente Confeccionada com Argila Esmectita de Origem Brasileira. Revista Processos Químicos, 6(12), 9-18. https://doi.org/10.19142/rpq.v6i12.166